quarta-feira, 4 de junho de 2008

Aniversário de Carlos Seixas

Apaixonada que sou pelo som de cravo, andei navegando esses dias pela internet para saber mais sobre esse instrumento musical. Segue um breve resumo do que li. Cravo é o nome dado a qualquer instrumento musical de teclas, de qualquer tamanho. Clavicembalo ou simplesmente cembalo em italiano e em alemão. Harpsichord em inglês. A palavra francesa para traduzir cravo é clavecin. Em espanhol, clavicordio, mas não se deve confundir com clavicórdio, que é piano. A propósito, a principal diferença entre cravo e piano é que nos instrumentos musicais como o cravo, obtém-se o som tangendo ou beliscando uma corda ao invés de percuti-la, como no piano. A origem do cravo remonta à Idade Média. O cravo mais antigo e completo, ainda preservado, veio da Itália, datado de 1521. A primeira música escrita especificamente para solo de cravo foi publicada em meados do século XVI. Os compositores que escreveram solos de cravo foram bastante numerosos durante todo o período do Barroco, na Itália, Alemanha, Portugal, Espanha, Inglaterra e França. Os gêneros favoritos para o solo de cravo incluem as suítes de danças, a fantasia e a fuga. Em Portugal, o cravo tem seu apogeu com José Antonio Carlos de Seixas. Filho de importante organista, ele estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra. Exerceu esse cargo de grande responsabilidade durante dois anos. Partiu para Lisboa, aos 16 anos e foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, sendo depois nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real. Carlos Seixas, como se tornou conhecido mais tarde, gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital portuguesa, onde casou-se e teve cincos filhos, impôs-se como organista, cravista e compositor. Carlos Seixas morreu em 25 de agosto de 1742, já sendo mestre da Capela Real. Infelizmente, grande parte de sua obra perdeu-se, provavelmente, no terremoto de Lisboa, em 1755. Como a data de seu aniversário é em 11 de junho de 1704, aproveito a proximidade do dia para lhe prestar essa singela homenagem. Abaixo, disponibilizo um concerto magistral de sua obra com a Orquestra de Câmara da Academia de Música de São João da Madeira, dirigido por Richard Tomes e tendo como solista Natasha Pikoul, que achei no YouTube.

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