Apaixonada que sou pelo som de cravo, andei navegando esses dias pela internet para saber mais sobre esse instrumento musical. Segue um breve resumo do que li. Cravo é o nome dado a qualquer instrumento musical de teclas, de qualquer tamanho. Clavicembalo ou simplesmente cembalo em italiano e em alemão. Harpsichord em inglês. A palavra francesa para traduzir cravo é clavecin. Em espanhol, clavicordio, mas não se deve confundir com clavicórdio, que é piano. A propósito, a principal diferença entre cravo e piano é que nos instrumentos musicais como o cravo, obtém-se o som tangendo ou beliscando uma corda ao invés de percuti-la, como no piano. A origem do cravo remonta à Idade Média. O cravo mais antigo e completo, ainda preservado, veio da Itália, datado de 1521. A primeira música escrita especificamente para solo de cravo foi publicada em meados do século XVI. Os compositores que escreveram solos de cravo foram bastante numerosos durante todo o período do Barroco, na Itália, Alemanha, Portugal, Espanha, Inglaterra e França. Os gêneros favoritos para o solo de cravo incluem as suítes de danças, a fantasia e a fuga. Em Portugal, o cravo tem seu apogeu com José Antonio Carlos de Seixas. Filho de importante organista, ele estudou com o pai e cedo o substituiu como organista da Sé de Coimbra. Exerceu esse cargo de grande responsabilidade durante dois anos. Partiu para Lisboa, aos 16 anos e foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, sendo depois nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real. Carlos Seixas, como se tornou conhecido mais tarde, gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital portuguesa, onde casou-se e teve cincos filhos, impôs-se como organista, cravista e compositor. Carlos Seixas morreu em 25 de agosto de 1742, já sendo mestre da Capela Real. Infelizmente, grande parte de sua obra perdeu-se, provavelmente, no terremoto de Lisboa, em 1755. Como a data de seu aniversário é em 11 de junho de 1704, aproveito a proximidade do dia para lhe prestar essa singela homenagem. Abaixo, disponibilizo um concerto magistral de sua obra com a Orquestra de Câmara da Academia de Música de São João da Madeira, dirigido por Richard Tomes e tendo como solista Natasha Pikoul, que achei no YouTube.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Aniversário de Carlos Seixas
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